Veja como classificar cada texto!
NOTÍCIA
Notícia é a expressão de um fato novo, que desperta o interesse do público a que o jornal se destina. Caracteriza-se por uma linguagem clara, impessoal, concisa e adequada ao veículo que a transmite. Deve ter o predomínio da função referencial da linguagem. Há predominância da narração. Por ser impessoal, o discurso é de terceira pessoa. Em sua estrutura padrão, possui duas característica fundamentais: “ Lead” e corpo.
“Lead” consiste num parágrafo que apresenta um relato sucinto dos aspectos essenciais da notícia, cujo objetivo é dar informações básicas ao leitor e motivá-lo a continuar a leitura. Precisa, normalmente, responder às questões fundamentais do jornalismo: o quê, quem, quando, onde, como e por quê. Corpo são os demais parágrafos da notícia, nos quais se apresentam o detalhamento do exposto no “lead”, fornecendo ao leitor novas informações em ordem cronológica ou de importância.
Portanto, ao se escrever uma notícia, deve-se atentar para essas características de suma importância. (Referência bibliográfica: CEREJA, William R. & MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual editora, 1994, V.2)
EDITORIAL
O editorial é um artigo que exprime a opinião do órgão jornalístico. Geralmente, é escrito pelo redator-chefe , possuindo uma linguagem própria, e publicado com destaque na Segunda ou terceira página do jornal ou da revista.
As características da linguagem são: ser formal, padrão, objetiva, conceitual; por ser impessoal, emprega-se a terceira pessoa; quanto ao conteúdo, sua estrutura é dissertativa, organizada em tese (apresentação sucinta de uma questão a ser discutida); desenvolvimento ( possuir argumento e contra-argumentos indispensáveis à discussão e à defesa do ponto de vista do jornal) e conclusão ( síntese das idéias anteriormente desenvolvidas) Além disso, deve-se usar exemplos que ilustram o assunto em questão. Possuir coerência entre o título e o conteúdo, não ter assinatura e expressa o ponto de vista do veículo ou da empresa responsável pela publicação.
Desta forma, o editorial é um texto opinativo, cujas idéias expressas contêm a visão de seus responsáveis. (Referência bibliográfica: CEREJA, William R. & MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual editora, 1994, V.2)
CRÔNICA
“ A crônica é um dos mais antigos gêneros jornalísticos. No Brasil, surgiu há uns 150 anos, mais ou menos, com o Romantismo e o desenvolvimento da imprensa.
A princípio com o nome de folhetim, designava um artigo de rodapé sobre assuntos do dia – políticos, sociais, artísticos, literários. Aos poucos, foi encurtando e afastando-se da intenção de informar e comentar. Sua linguagem tornou-se mais poética, ao mesmo tempo que ganhou uma certa gratuidade, pois parecia desvinculada dos interesses práticos e das informações que caracterizam as demais partes do jornal.
Do folhetim para cá, a crônica ganhou prestígio entre nós e pode-se até dizer que constitui um gênero brasileiro, tal a naturalidade e originalidade com que aqui se desenvolveu (…).
Gênero híbrido que oscila entre a literatura e o jornalismo, a crônica é o resultado da visão pessoal, subjetiva do cronista ante um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano. É uma produção curta, apressada (…), redigida numa linguagem descompromissada, coloquial, muito próxima do leitor. Quase sempre explora o humor, às vezes, diz coisas mais sérias por meio de uma aparente conversa fiada; outras vezes, despretensiosamente, faz poesia da coisa mais banal e insignificante.
Registrando o circunstancial do nosso cotidiano mais simples, acrescentando, aqui e ali, fortes doses de humor, sensibilidade, ironia, crítica e poesia, o cronista, com graça e leveza, proporciona ao leitor uma visão mais abrangente que vai muito além do fato; mostra-lhe de outros ângulos, os sinais de vida que diariamente deixamos escapar.” (CEREJA, William R. & MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual editora, 1994, V.2)
ARTIGO
Os artigos são pequenos estudos, cujo conteúdo deve ser completo, tratar de uma questão verdadeira e apresentar resultado de reduzida dimensão e conteúdo. Ademais, precisa ser publicado para proporcionar não só ampliação de conhecimento, mas também a compreensão de certas questões.
Os artigos, por serem completos, permitem ao leitor repetir a experiência devido a forma em que foram expostas as informações. O conteúdo pode abranger os mais variados aspectos e, em geral, segundo Lakatos e Marconi, eles deverão:
a) versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao já conhecido;
b) oferecer soluções para questões controvertidas;
c) levar ao conhecimento do público intelectual ou especializado no assunto idéias novas, para sondagem de opiniões ou atualização de informes;
d) abordar aspectos secundários, levantados em alguma pesquisa, mas que não seriam utilizados na mesma.
Assim sendo, há de se observar a estrutura, ao escrever-se um texto dessa envergadura. (Referência Bibliográfica: LAKATOS, Eva M. &MARCONI, Marina A. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991, 3 edição.)
RESENHA
Resenha é um tipo de resumo – forma de reunir e apresentar, por escrito, de maneira concisa, coerente, e freqüentemente seletiva, as informações básicas de um texto preexistente, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância –.
O resenhista lê uma obra, ou texto, sublinha os fatos importantes, analisa-os, interpreta-os de forma crítica, pois a resenha tem, por finalidade, informar, de maneira objetiva e cortês, sobre determinado assunto tratado, evidenciando a contribuição do autor , mostrando novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias; porém, ele deve apontar as falhas e os erros de informações, bem como tecer elogios aos méritos da obra, sem, contudo, emitir um juízo de valor ou deturpar o pensamento do autor.
Para elabora uma resenha, são necessários alguns requisitos:
“a) conhecimento da obra;
b) competência na matéria;
c) independência de juízo;
d)correção e urbanidade;
e)fidelidade ao pensamento do autor.”
Logo, a RESENHA é de suma importância ao leitor, pois apresenta uma síntese das idéias fundamentais de uma obra, tendo em vista a explosão da literatura técnica e científica e a exigüidade de tempo do trabalho intelectual (Referência Bibliográfica: LAKATOS, Eva M. &MARCONI, Marina A. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991, 3 edição.)
ENSAIO
Etimologicamente, ENSAIO vem da palavra latina “exagiu(m)” – ação de pensar, abrangendo semanticamente os sentidos de provar, experimentar, tentar; possuindo correspondentes em outras línguas. Suas características são várias, porém, citam-se algumas:
a) não é uma descrição nem narrativa, mas dissertação;
b) a dissertação do ensaio é a exposição de idéias próprias ou alheias acerca de um tema determinado, entretanto, tem a marca pessoal do EU; c) sua linguagem deve situar-se no âmbito da ciência, da técnica, em tom mais referencial que emotivo, ou conotativo, para isso, usa-se a terceira pessoa verbal. d) Apresentam-se serenidade e equilíbrio no conteúdo. |
REFLEXÃO
REFLEXÃO tem várias significações, no entanto, cita-se, apenas, uma utilizando o Novo Dicionário Aurélio: “Volta da consciência, do espírito, sobre si mesmo, para examinar seu próprio conteúdo por meio do entendimento, da razão”. Isso mostra quão importante é a observação imparcial dos acontecimentos, a fim de poder analisá-los e emitir uma opinião, haja vista que tudo que é apreendido deve ser compreendido na essência, não apenas na superfície, entrevendo todos os ângulos de abordagem para não ficar aquém do fato em sua primordialidade.
POEMA
O poema é um tipo de composição literária que faz uso de uma linguagem específica. Diferente da linguagem dos gêneros de prosa ( o conto, a novela, o romance). E não se trata apenas da mera disposição do texto em verso ou em prosa, cujas barreiras foram quebradas modernamente, originando os chamados “poemas em prosa” ou “prosas poéticas”.
A linguagem do poema, além do recurso do verso e de rimas em final de verso, contém outros componentes que lhe são inerentes: o ritmo, a musicalidade em geral, as imagens e os símbolos.
Dada a natureza simbólica da linguagem poética, não se pode depreendê-la instantânea e objetivamente, trata-se de uma linguagem subjetiva, ambígua, conotativa, que não deve ser lida como a de um jornal ou um livro didático.
Não se faz de ninguém um poeta. O poeta se faz sozinho, a partir de sua próprias vivências e experiências com o mundo e com o universo das palavras.
O pensador francês Gaston Bachelard (1884-1962) assim comenta sobre o poema e sua relação com as palavras:
As palavras – eu o imagino freqëntemente – são pequenas casas com porão e sótão. O sentido comum reside ao nível do solo, sempre perto do ‘comércio exterior’, n no mesmo nível de outrem, este alguém que passa e que nunca é sonhador. Subir a escada na casa da palavra é, de degrau, em degrau, abstrair.
Descer no porão é sonhar, é perder-se nos distantes corredores de uma etimologia incerta, é procurar nas palavras tesouros inatingíveis. Subir e descer, nas próprias palavras, é a vida do poeta. Subir muito alto, descer muito baixo; é permitido o poeta unir o terrestre ao éreo.
(Apud Fernando paixão, O que é poesia. São Paulo: Brasiliense,1998, p.80.)
Apesar de não se poder criar um poeta, de não existirem fórmulas prontas para isso, Ter consciência e domínio de certas técnicas freqüentemente usadas nos poemas pode ajudar. As mais importantes são o ritmo, a sonoridade e as imagens. (CEREJA, William R. & MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual editora, 1994, V.2)
CONTO
Conto é uma breve e completa estória em prosa que pretende produzir um efeito singular (único) planejado pelo autor. As características gerais são: poucas personagens bem descritas, poucos incidentes bem delineados e um breve motivo.
Há uma impressão única dada por todo evento, todos os elementos ( personagens, ação, cenário) possuir, apenas um lugar, um tempo, uma emoção, um conflito. A introdução estabelece o tom emocional e apresenta o conflito; a emoção, que normalmente em ficção apareceria depois, começa quase imediatamente; o “ turning point” e o clímax estão quase juntos e, raramente, há lugar para ação descendente. Deve haver economia de linguagem; os diálogos são penetrantes e convincentes, podendo ser: direto, indireto interior (monólogo interior); a narração e a descrição em reduzida quantidade, a dissertação, via de regra, é ausente. O único efeito singular deve Ter um traço característico intensificado, reação de acordo com a situação e um elemento dominante (personagem, incidente, cenário, atmosfera…)
Em suma, o conto é uma narrativa em prosa marcada por brevidade, conclusão e possui técnica específica ( abertura clara – esclarecedora e curta), contendo um ininterrupto fluxo de ação e uma conclusão lógica
O conto longo e o conto curto – Diferenças
( segundo Benhamim Heydrick em “ Tipos de literatura”)
Conto longo
- Interessado em um aspecto geral: é plano, linear, longo.
- Interessado no mundo externo: a estória em si mesma.
- Nenhum aspeto permanece acima de um outro.
- Não apresenta interferência de reação psicológica.
Conto curto
- Interessado em um aspecto definido.
- Interessado no mundo interior, na reação das personagens.
- Acentua mais o clima, dirige-se para o efeito singular (único).
- Apóia-se num conflito psicológico.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium, humorista incorrigível da consciência, que sente uma saudade incrível de seu planeta, e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Alega: Não quero ficar com os “bons”. Autor de 41 obras independentes: 5 de informática e 36 de espiritualidade sem religião e consciência. Engenheiro Civil, pós-graduado em: Educação em Valores Humanos e também em Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. Autor da obra SEU LIVRO PUBLICADO. É a obra mais grossa, mais completa e mais detalhada do mercado, sem concorrentes a altura: 404 páginas, principalmente baseado nas plataformas: Amazon, UICLAP e Clube de Autores. Obra ilustrada, com links e QR Codes. Com 112 imagens, 78 QR Codes, 187 links, 4 tabelas, e detalhes minuciosos e macetes raros que ninguém nunca contou antes. Todas as obras aqui: clube.consciencial.org (copie e cole no navegador). Todos os ebooks aqui: ebooks.consciencial.org (copie e cole no navegador).